terça-feira, 19 de junho de 2012

Byronismo



Tido como elemento de rebeldia e insatisfação – acompanhado por sua capa negra de incompreensão e desencanto para com o mundo – o byronismo ditou moda na literatura européia e influenciou poetas além dos mares. O termo não foi, entretanto, criado por  Byron, que era apenas uma representação viva dessa tendência que se fixou ao movimento romântico. Byron era o mítico, o popular, o romântico nato – um ser demoníaco e fatal, adorado e imitado pelo mundo, solitário, melancólico e cético em sua alma. Foi também o herói sonhador da liberdade, lutando contra a tirania; o cavaleiro negro de passado misterioso, obscuro e de atitudes fascinantes – o arquétipo romântico materializado.


O byronismo havia se tornado a ponte mal iluminada por onde a obscuridade de Byron tinha livre passagem, transpassando a nominação de influência literária e tornando-se um estado de espírito, uma postura dominante.


Durante o período de 1815 a 1850, quando ocorria o domínio do império burguês conservador, o byronismo foi sentido em multidão, em todos os países, entre os mais intelectualizados até leitores comuns, entre críticos e autores que  exaltavam Byron diante da falta de apreço de outros.


Byron foi poeta-símboloisto é, que personifica toda a ideologia de uma geração da qual representa em sua escrita, e isso o retira das amarras exclusivas da crítica literária, levando-o aos círculos da sociologia, filosofia e psicologia. Segundo Russel, crítico literário e estudioso da obra byroniana, a figura de Byron funcionava como força de causa nas mudanças estruturais da sociedade. O fato é que Byron foi um homem cuja importância é maior do que parecia mesmo que tal assinalação ainda soe estranho aos ingleses.
 

A melancolia, o desencanto e o ceticismo que desenvolveram o mito byroniano são melhores representados em obras como Childe Harold’s Pilgrimare – um longo poema lírico-descritivo que narra em seu caminho de peregrinação, amor, morte, meditação em ambientes exóticos e vingança – acompanhado dos contos metrificados The Giaour, The Corsair, Lara, Mazeppa e Manfred, além dos dramas históricos e bíblicos, como no poema Darkness.



Tânia Barão - Outubro/Novembro 2011


5 comentários:

  1. Excelente blog!
    Sou um grande fã de Lord Byron e do Ultrarromantismo.

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    1. Obrigada pela visita! Espero que possa ter contribuído com algum conhecimento a respeito deste que somos fãs.

      Abraços!

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  2. EU GOSTARIA DE BAIXAR LIVROS DE LORD BYRON TRADUZIDOS É CLARO...

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  3. EU GOSTARIA DE BAIXAR LIVROS DE LORD BYRON TRADUZIDOS É CLARO...

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